Mensagens aos Jovens

Capítulo 54

Preparo para servir

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Considerando a luz que tem sido dada por Deus, é de admirar não haver dezenas e dezenas de moços e moças indagando: “Senhor, que queres que eu faça?” É um perigoso engano imaginar que, a menos que um jovem tenha se decidido a consagrar-se ao ministério, não se deva fazer algum esforço especial a fim de habilitá-lo para a obra de Deus. Seja qual for a sua vocação, é essencial que desenvolvam, por meio do estudo diligente, as aptidões de que são dotados.

Os jovens de ambos os sexos devem ser estimulados a valorizar as bênçãos enviadas pelo Céu como oportunidades de se tornarem bem disciplinados e inteligentes. Cumpre-lhes aproveitar as escolas estabelecidas para comunicar o melhor dos conhecimentos. É pecado ser preguiçoso e descuidado quanto a obter educação. O tempo é curto e, portanto, visto que o Senhor deverá voltar em breve para pôr termo às cenas da história terrestre, é tanto maior a necessidade de aproveitar as ocasiões e os privilégios atuais.

Consagrar a Deus as habilidades

Os moços e as moças devem freqüentar nossas escolas, onde é possível obter conhecimento e disciplina. Devem consagrar a Deus suas habilidades, tornar-se diligentes estudantes da Bíblia, a fim de se fortalecerem contra doutrinas errôneas, e não serem desencaminhados pelos erros dos ímpios; pois é mediante a diligente pesquisa da Escritura que obtemos o conhecimento do que é a verdade. Pela observância da verdade que já conhecemos, mais luz brilhará sobre nós, vinda da Santa Palavra. ...

Os que são sinceramente consagrados a Deus não entrarão na obra levados pelos mesmos motivos que induzem os homens a se envolverem em negócios mundanos, meramente por amor da subsistência; mas tomarão parte na obra sem permitir que nenhuma consideração mundana os domine, compreendendo a santidade da causa de Deus.

Futuras necessidades

O mundo tem de ser advertido, e nenhuma pessoa deve ficar satisfeita com um conhecimento superficial da verdade. Não sabem a que responsabilidade podem ser chamados. Ignoram onde lhes poderão convidar a ser testemunhas da verdade. Muitos terão de se apresentar nas cortes legislativas; alguns perante reis e diante dos sábios da Terra, para responderem por sua fé.

Os que não têm senão um superficial conhecimento da verdade não serão capazes de expor claramente as Escrituras e dar razões definidas da fé que possuem. Ficarão confusos e não serão obreiros que não têm de que se envergonhar. Que ninguém imagine não precisar estudar, visto não ter de pregar do sagrado púlpito. Não sabem o que Deus pode requerer de vocês.

É lamentável que o progresso da causa seja atrapalhado pela falta de obreiros educados, que tenham se preparado para cargos de confiança. O Senhor aceitará milhares para trabalharem em Sua seara, mas muitos têm deixado de se preparar para a obra. Todo aquele, porém, que abraçou a causa de Cristo, que se ofereceu como soldado do exército do Senhor, deve colocar-se onde lhe seja possível exercitar-se fielmente. A religião tem, na verdade, significado bem pouco para os professos seguidores de Cristo; pois não é vontade de Deus que alguém permaneça na ignorância quando ao seu alcance têm sido colocados a sabedoria e o conhecimento. — Fundamentos da Educação Cristã, 216, 217.

Equilibrados por justos princípios

Não é verdade que os jovens mais inteligentes sejam sempre os que mais sucesso conseguem. Quantas vezes homens de talento e educação têm sido colocados em cargos de confiança, demonstrandose um fracasso! Seu brilho tinha aparência de ouro, mas, quando provado, mostrou-se apenas metal falso e escória. Fizeram de sua obra um fracasso devido à falta de fidelidade. Não eram diligentes e perseverantes, e não iam ao fundo das coisas. Não estavam dispostos a começar do início da escada, subindo, mediante paciente trabalho, degrau após degrau, até chegar ao topo. Caminharam nas faíscas (seus brilhantes lampejos e idéias) que eles mesmos acenderam. Não confiaram na sabedoria que só Deus pode dar. Sua falha não proveio de falta de oportunidade, mas da falta de sobriedade. Não sentiram que suas vantagens de educação lhes eram de valor, e assim não avançaram como podiam ter feito no conhecimento da religião e da ciência. Seu espírito e caráter não foram equilibrados por elevados princípios de justiça. — Fundamentos da Educação Cristã, 193.