Mensagens aos Jovens

Capítulo 4

Regras do sucesso

[Flash Player]

“Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor.” Salmos 111:10. Muitos de nossos jovens não sentem necessidade de exercitarem vigorosamente suas faculdades a fim de fazerem o melhor que lhes seja possível, em todas as ocasiões e sob todas as circunstâncias. Não têm diante dos olhos o temor do Senhor, e seus pensamentos não são puros e elevados.

Todo o Céu acompanha cada pensamento e ação. Seus atos podem não ser vistos por seus companheiros, mas estão visíveis à inspeção dos anjos. Os anjos são encarregados de auxiliar os que lutam para vencer todo mau hábito e livrar-se das armadilhas de Satanás.

Fiel integridade

A influência dos pequeninos atos maus, das pequenas incoerências em moldar o caráter, não são avaliadas como deveriam ser. Os maiores e mais elevados princípios são-nos revelados na Palavra de Deus. São-nos dados para fortalecer todo esforço para o bem, para controlar e equilibrar a mente, para levar-nos ao desejo de alcançar elevada norma.

Na história de José, de Daniel e seus companheiros, vemos como os laços dourados da verdade podem ligar os jovens ao trono de Deus. Não podiam ser tentados a desviar-se de seu procedimento de integridade. Estimavam o favor divino mais que o favor e o louvor de príncipes, e Deus os amava e sobre eles estendia Sua proteção. Devido a sua fiel integridade, a sua resolução de honrar a Deus acima de todo poder humano, o Senhor os honrou notavelmente diante dos homens. Foram exaltados pelo Senhor dos Exércitos, cujo poder está sobre todas as obras de Suas mãos, em cima no Céu e embaixo na Terra. Esses jovens não se envergonhavam de agitar sua bandeira. Mesmo na corte do rei, por suas palavras, hábitos e práticas, confessaram sua fé no Senhor Deus do Céu. Recusaram-se a inclinar-se perante qualquer poder terrestre que diminuísse a honra divina. Tinham força do Céu para confessar sua fidelidade a Deus.

Vocês devem estar preparados para seguir o exemplo desses nobres jovens. Nunca se envergonhem de seu estandarte; tomem-no e agitem-no à vista dos homens e dos anjos. Não sejam dominados pela falsa modéstia, pela falsa prudência que lhes sugere um procedimento contrário a este conselho. Por suas palavras escolhidas e seu procedimento coerente, sua correção e sincera piedade, façam confissão de sua fé, resolvidos a que Cristo ocupe o trono no templo da alma; e, sem reservas, deponham aos pés dEle os seus talentos para serem usados no serviço dEle.

Consagração completa

Para seu bem, presente e eterno, é melhor que se entreguem inteiramente ao que é certo, para que o mundo saiba qual a sua posição. Muitos não se entregam inteiramente à causa de Deus, e sua atitude vacilante é fonte de fraqueza para si mesmos e uma pedra de tropeço para os outros. Com princípios indecisos, sem consagração como se acham, as ondas da tentação os arrastam daquilo que sabem ser justo, e não fazem santos esforços para vencer todo mal e, pela justiça conferida por meio de Cristo, aperfeiçoar um caráter justo.

O mundo tem o direito de saber justamente o que se pode esperar de todo ser humano inteligente. Quem for um conjunto vivo de princípios firmes, decididos e justos, será uma influência viva sobre os companheiros; e influenciará os outros pelo seu cristianismo. Muitos não percebem nem avaliam quão grande é a influência de cada um para o bem ou para o mal. Todo estudante deve compreender que os princípios que adota se tornam uma influência viva, modeladora do caráter. Aquele que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal, amará a Jesus e a todos pelos quais Ele morreu; pois Cristo será nele uma fonte de água que salta para a vida eterna. Entregar-se-á sem reservas à direção de Cristo.

Manifestar a liberdade

Tornem a lei de sua vida, da qual nenhuma tentação ou interesse secundário os faça desviar, honrar a Deus, porque Ele “amou o mundo tanto, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna”. João 3:16. Como seres morais livres e redimidos, resgatados por preço infinito, Deus os chama a declarar sua liberdade e, como súditos livres do reino do Céu, a empregarem as faculdades por Ele concedidas. Não permaneçam mais sob a escravidão do pecado, mas como súditos fiéis do Rei dos reis provem sua lealdade a Deus.

Por meio de Jesus Cristo, mostrem que são dignos da santa responsabilidade com que o Senhor os honrou, ao conceder-lhes vida e graça. Devem recusar sujeitar-se ao poder do mal. Como soldados de Cristo, precisamos deliberada e inteligentemente aceitar Suas condições de salvação sob todas as circunstâncias, acariciar retos princípios e agir de acordo com eles. A sabedoria divina deve ser uma lâmpada para os seus pés. Sejam fiéis a si mesmos e a seu Deus. Tudo quanto puder ser abalado, será; mas arraigados e firmados na verdade, vocês permanecerão com as coisas que não podem ser abaladas. A lei do Senhor é firme, inalterável; pois é a expressão do caráter de Jeová. Decidam-se a não lançar, por palavra ou influência, a menor desonra sobre sua autoridade.

Entrega completa

Ter a religião de Cristo significa que vocês renderam absolutamente todo o ser a Deus e aceitaram a orientação do Espírito Santo. Através do dom do Espírito Santo, lhes será dado poder moral, e não somente terão os talentos que lhes foram previamente confiados para o serviço de Deus, mas sua eficiência será grandemente multiplicada. A entrega de todas as faculdades a Deus simplifica grandemente o problema da vida. Enfraquece e abrevia milhares de lutas com as paixões do coração natural. A religião é como cordas de ouro que ligam a Cristo tanto a vida de jovens como a de adultos. Por meio dela, os voluntários e obedientes são seguramente conduzidos através de escuros e complicados caminhos para a cidade de Deus.

Há jovens que têm apenas faculdades comuns. No entanto, através de educação e disciplina de professores movidos por princípios elevados e puros, eles podem sair do processo de preparo qualificados para assumir a posição de confiança a que Deus os chamou. Mas há jovens que fracassarão por não estarem decididos a vencer as inclinações naturais, e eles não ouvirão a voz de Deus em Sua Palavra. Não defenderam a alma da tentação e resolveram fazer seu dever de qualquer maneira. São como alguém que, em perigosa viagem, recusa qualquer guia ou instrução pelas quais possa escapar de acidente e ruína, e prossegue em certo curso de destruição.

A escolha do destino

Oh! Se cada pessoa pudesse compreender que ela é o árbitro de seu destino! Sua felicidade para esta vida e para a futura vida imortal compete a vocês mesmos. Se escolherem, podem ter companheiros que, por sua influência, rebaixarão seus pensamentos, palavras e moral. Podem dar rédea solta ao apetite e à paixão, desprezar a autoridade, usar linguagem vulgar e degradar-se até ao mais baixo nível. Sua influência pode ser tal que contamine outros e venha a ser a causa da ruína dos que poderiam ter levado a Cristo. Podem desviá-los de Cristo, da justiça, da santidade e do Céu. No juízo, os perdidos podem apontar para vocês, dizendo: “Se não fosse sua influência, eu não teria tropeçado e zombado da religião. Ele tinha luz, conhecia o caminho para o Céu. Eu era ignorante e fui de olhos vendados no caminho da destruição.” Oh, que resposta podemos dar a semelhante acusação? Quão importante é que cada um considere para onde está guiando as pessoas! Estamos à vista do mundo eterno, e quão diligentemente devemos calcular o custo de nossa influência. Não devemos deixar a eternidade fora de nosso cálculo, mas acostumar-nos a perguntar continuamente a nós mesmos: Será este procedimento agradável a Deus? Qual será a influência de meu ato sobre a mente dos que tiveram muito menos luz e evidências quanto ao que é justo?

Perguntas que ajudam

Oh, se os jovens examinassem as Escrituras e fizessem o que julgam que Cristo faria em idênticas circunstâncias! Nossas oportunidades de alcançar conhecimentos do Céu colocaram sobre nós grandes responsabilidades e, com intensa preocupação, devemos perguntar: Estou andando na luz? Estou, de acordo com a grande luz que me foi dada, avançando no caminho reto, ou seguindo caminhos tão tortuosos que os mais fracos se desviarão dele? ...

Deve invadir-nos um profundo, permanente sentimento do valor, santidade e autoridade da verdade. Os brilhantes raios da luz celestial resplandecem sobre seu caminho, queridos jovens, e oro para que tirem o melhor proveito de suas oportunidades. Recebam e valorizem todo raio de luz mandado do Céu, e seu caminho se tornará mais e mais brilhante até ao dia perfeito. — The Youth’s Instructor, 2 de Fevereiro de 1893.